tudo em todo lugar ao mesmo tempo
Quando li a sinopse deste filme, logo fiquei muito curiosa: quem nunca se perguntou se tivesse feito outras escolhas, teria a vida diferente hoje?
Esse filme se trata das múltiplas possibilidades que podem ter como resultado das nossas escolhas. Mas, será que seria tudo tão diferente?
Bom, o que eu entendi sobre esse filme incrível: nossa vida existe dentro de nossa mente. Pronto, é isto.
Ao se deparar com as diversas possibilidades, a protagonista – interpretada por Michelle Yeoh, que ganhou o Globo de Ouro muito merecido – é uma mãe, esposa e filha super atarefada que parece “carregar o mundo nas costas”. Está esgotada, mas longe de desistir, ela tenta focar e continuar seu trabalho e dar conta de tudo. Até que se depara com múltiplas realidades, possibilidades – tudo de maneira muito divertida, sem qualquer lógica de um filme de ficção científica – a trama vai se desenvolvendo.
A cada momento do filme, as questões são dela em relação ao pai, em relação ao marido e em relação à filha adolescente. Claro, que tem questões a serem resolvidas entre ela e os três, como toda relação familiar.
Ocorre que, depois de percorrer diferentes possibilidades, uma é recorrente: resgatar os sentimentos e melhorar a relação dela com essas três pessoas mais importantes em sua vida. E o mais importante: resgatar os sentimentos e melhorar a relação dela consigo mesma – seus méritos, suas fraquezas e tudo o mais.
Já dando spoiler, tudo acaba bem…rsrs… pois ela melhorou dentro de si as relações que tinha com eles, ela entendeu que tem valores, que pode ir muito além quando perde o medo, quando se permite abrir a mente a novas possibilidades sem preconceitos.
Ela transformou em aprendizado os sentimentos ruins e tudo mudou na cena da sua vida, longe de ser perfeito, mas muito melhor do que estava antes, pois os sentimentos mudaram, os pensamentos mudaram, a maneira de encarar e de fazer futuras escolhas mudou. E, por consequência, a relação dela com as pessoas e com a vida também mudou.
Daí, volta-se à pergunta inicial: “o que teria acontecido se tivesse feito escolhas diferentes”: o que importa? O amor sempre prevalece, tudo melhora e se transforma quando se faz escolhas por amor. Se não, permanecemos na dor, até que nova avaliação interna seja feita.