Pergunta de milhões… bilhões se questionam. Começo por investigar: o que é felicidade (já nem tem o ponto de interrogação na frase, porque é uma pergunta retórica). Tentando imaginar o que a felicidade seja, talvez fique mais fácil ir ao seu encontro.

Vamos tentar pintar uma cena, emoldurar a felicidade: o que pôr de início? Uma bela paisagem? De mar, céu, alta montanha… está bom pra começar?

Bichinhos, animais de estimação, belos animais selvagens, vegetação, árvores, lagos, ar puro, silêncio… podem trazer a sensação de felicidade. Barulhinho da água, cheiro de terra molhada, pessoas queridas… tudo em equilíbrio, em paz e harmonia. Se você está acompanhando até aqui e sentiu um pouquinho de felicidade… mas, espera, estamos apenas imaginando!

Pois é… a mente, ah, a mente tem tudo e mais um pouco, se não tiver freio ela é capaz de “ver”, “sentir”, “ouvir” até o que não está realmente acontecendo aqui e agora. Hum… e o que ela é capaz de reproduzir também? Melhor nem pensar agora, se quiser saber mais, apenas olhe algum filme ou série de terror, ou guerra ou policial para sentir tudo isso. Mas, já que o tema de hoje é felicidade, vamos voltar à paisagem?

Se você consegue se ver nesta paisagem e ficar um certo tempo ali, eu diria “parabéns” você está indo bem. Mas, se de repente você tiver pensamentos como: ah, mas para estar lá, eu preciso tirar férias! Para tirar férias, preciso dar um tempo no trabalho… OU ganhar dinheiro, OU deixar fulano com alguém, OU… e por aí vai. A paz? Acabou? Sumiu? Pois é, acho que nos aproximamos do ponto que eu queria falar agora: se, na linda paisagem acima, seja ela mental ou física, tiver culpa ou medo ou tristeza, vergonha, desconfiança… lá se foi aquela paz e, portanto, a felicidade!

Não importa onde a gente se esconda, embaixo das cobertas ou na festa ou na viagem dos sonhos, se dúvidas pairam no subconsciente, já vem de novo a antiga cena, embaçada e descolorida que temos carregado dentro de nós.

A vida pode ser bem mais descomplicada, podemos acessar uma paz relativa, uma alegria profunda em pequenos gestos, ter felicidade de uma maneira pessoal. Tudo isto é possível se conseguirmos ter mais clareza sobre quem somos, o que de fato queremos, o que nesse momento podemos fazer, quais as opções de escolhas, ou o nosso propósito de vida. Concluo que para se conseguir a felicidade é necessário saber que ela realmente está em toda parte, inclusive e principalmente dentro de nós. Depende dos óculos ou filtro que usamos para senti-la, depende de observação e uma construção do que realmente vale a pena e faz sentido para nosso ser. Muita coisa é apenas uma fixação em cenas que passamos a acreditar que sejam perfeitas, onde a felicidade deveria morar.

Denise Patti Vitiello
Terapeuta Energética